Padrão.
Está lá nos dicionários. Padrão é um modelo para ser reproduzido, e, facilmente, se reconhece seus sinônimos.
Um padrão pode ser tomado como um exemplo, um molde, uma referência, um paradigma. Nas sociedades humanas, os padrões de convivência são construídos em razão de interesses de grupo.
O que se pode fazer e o que não se deve fazer não estão dados por princípio, tudo é uma construção e, como tal, pode variar no tempo e no espaço, em pequenas diferenças ou em modos acentuadamente contraditórios.
O erro entra nessa categoria instável dos padrões e ganha relevo nos sentimentos, ao provocar sofrimentos e impedir o riso.
O riso é alento da vida humana, em qualquer tempo e em qualquer lugar, basta toma-lo de modo figurativo, como resultado daquela potência que faz a vida ser conquista, ser vitória, a contemplar dignidades, luzes iluminadoras de trajetos virtuosos.
Já o sofrimento, contrariamente ao riso, anula a força da potência positiva que deveria sempre existir na convivência social, ao empurrar a vida humana para dores e dissabores.
Há sempre um erro por detrás do sofrimento. No entanto, o riso e o sofrimento, um e outro, os dois são faces do processo de conviver. Nessa consciência de que temos de viver num mundo formado de risos e sofrimentos, é preciso colher lições de cada um desses dois sentimentos, sem o que impedimos a vida de ser fruição e ação.
Na ocorrência de erros, prejuízos acontecem, a confiança se abala, a sabedoria é posta em dúvida, a liberdade se restringe. Na ocorrência de risos, o mundo se abre a esplendores plenos, a confiança ganha firmeza, a sabedoria se amplia, e a vida, em fruição e ação, ver expandir os horizontes da liberdade.
Cuidado! Há sempre responsabilidades a se considerar. Não se pode esquecer que cada pessoa responde por seus próprios atos.
Vale se acolher o olhar do poeta, romancista e dramaturgo francês, Victor Hugo (1802-1885), numa expressão basilar:
“Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade.”